Bolas... T.T

              Boas!
              Ao que parece a Universidade está mesmo aí à porta, e isso em si é bom, tirando o stress todo criado pelos testes e estudos, mas tenho de ver que me vai dar ritmo e ocupação suficiente para pensar que finalmente ando a fazer alguma coisa de jeito...
              Mas, para que tudo corresse bem, tive de fazer a matrícula e a inscrição nas turmas, coisas em que perdi algum tempo, visto ter de pensar um bocado qual das disciplinas teria de deixar para trás, pois não havia como ter todas! (não que não fosse possível, simplesmente não me deixam...)
              Apesar disso, o que mesmo me tirou da minha zona de conforto e me deixou com umas dores de cabeça enormes, foi o raio das inscrições nas turmas.
Imaginem um site, nada preparado para ter umas 80/100 pessoas no mesmo sitio a tentarem submeter uma mesma ficha. Agora, imaginem o que acontece quando esse número de pessoas tenta fazer essa loucura... Simplesmente vai abaixo e não deixa... Bem, pelo menos foi o que aconteceu com o meu PC...
              Tudo dava, mas o site, aquele site que eu tanto queria que funcionasse... A sério, eu pensei que nunca mais ia ter um horário de jeito, mas!!! VEJAM SÓ A MINHA SORTE!!!! Ao que parece consegui submeter, pois eu esperei mesmo até à hora em que as inscrições abriam, e mal chegou, voltei a carregar a pagina e tudo abriu normalmente, por isso eu preenchi tudo o mais rápido possível (pois as turmas que queriam tinham um máximo de 14 vagas, logo, se não fosse um dos 14 primeiros... estava muito fodido!!!!!! [sorry o calão, mas não há outra expressão]) e carreguei em submeter!
              Problema: carregava no botão mas nada acontecia... e depois de algumas tentativas nervosas, lá acabei por recarregar a página, e aí lixei-me ainda mais, pois deu erro e nem me deixou entrar...
              A partir daí, forem 15 minutos de pura tortura, pois 15 minutos sem saber se tinha realmente submetido a minha ficha ou não, era mais do que tempo suficiente para todas as melhores turmas estarem todas ocupadas, isto caso não tivesse conseguido submeter, como sempre pensava... Foi horrível...
              Se pensarmos que andei a ver todas as turmas para criar um horário que encaixasse tanto as disciplinas do 2º ano como aquelas que deixei para trás do 1º, não podia falhar na inscrição nas turmas, pois bastava não entrar numa, para estar com uma disciplina / com todo o meu horário comprometido, e isso ia ser muito chato, e mesmo agora, que já confirmei que afinal consegui submeter-me a tempo e fiquei onde queria, ainda estou um pouco preocupado pois as turmas do 1º ano ainda não abriram para mim, logo ainda não sei se as coisas vão ser como quero....

              Bom, seja como for, não é sobre isso que quero falar, e, só tenho de ficar contente por, até agora, as coisas estarem a correr como quero.
              Agora, recentemente houve alguém que fez anos. Aliás, esse alguém é uma amiga que conheci mal entrei para o 5º ano, e que até agora mantive contacto, e como posso dizer que durante esse tempo eu estava mais ciente do que se passava à minha volta, a amizade que eu tive com ela (+ o facto de ainda a mantermos) é de bastante importância para mim, apesar de não falarmos muito devido à distância entre nós e dos estudos.
              Bom, umas semanas atrás estive com ela e acabei por saber que as coisas não andavam muito bem (vou diminuir pormenores pois é a privacidade dela e eu não tenho direito ninguém em andar a contar sem a autorização dela), logo, dei o meu conselho, tentei anima-la, e enchia de mimo sem que fosse sufocante, e com isto cada um foi para o seu lado, mas com a promessa que nos voltaríamos a ver no aniversário dela, que foi recentemente.
              Agora, acontece que isso não foi possível pois há ultima da hora ela disse que não ia acontecer (e com ultima da hora, digo no dia anterior ao evento), coisa que achei estranho, e por isso perguntei se estava tudo bem. Bom, a resposta foi que estava tudo bem e que, agora que tinha sobrinha e que queria passar mais tempo com ela.
              Vejam e percebam que não estou a critica-la, nem lá perto, pois o que não faz sentido para mim faz para ela e não tenho mais que respeitar isso, logo foi o que fiz, e ponto final no assunto.
              Sim, acho que não faz sentido, é verdade, mas é a escolha dela, e com isso, tenho que aceitar e siga para a frente, agora, o que interessa aqui é que... não me senti bem, aliás, nada bem, pois acabei por me sentir um bocado trocado / esquecido, pois houve uma enorme vontade que eu estivesse com ela no dia dos anos dela quando ela me lembrou que tinha de ir (por causa da universidade acabei por não ir no ano passado, e a coisa não correu bem e no final senti-me mal por não ter podido ir, por isso até queria compensar agora...), coisa que desapareceu assim de repente de um momento para o outro!
              Não percebo ao certo o que se passou, e sinceramente talvez não queira perceber. Continuo um bocado mal sempre que penso nisso, mas nada que me afete tão profundamente, mas é sempre chato...
              Agora... eu não poderia queixar-me pois faço uma coisa idêntica...
              Esqueço-me de aniversários, e por vezes que as pessoas existem, ou melhor, que tudo existe, e só quero ficar sozinho e coisas parecidas, e nunca parei para pensar que isso, apesar de eu dizer "é normal em mim", para os meus amigos também pode ser "ok, é ele!", mas não significa que não tenham ficado mal... Só significa que me aceitam como sou e que sabem que sou assim...
              Até quando digo "eu depois ligo" e não o faço, agora percebo (porque aconteceu a mesma coisa com a minha amiga) que não sabe nada bem...
              O que irrita-me profundamente é que eu sou aquele gajo que está sempre a pensar em tudo (ao mesmo tempo), e que imagina todas as variáveis possíveis para toda e qualquer situação, e mesmo assim conseguiu-me escapar uma coisa tão básica e ao mesmo tempo extremamente importante!!! PORRA!!!
              Estou mesmo irritado e triste comigo...
              Amigos é das melhores coisas que podem existir, e quanto mais próximos de ti e mais forte for a relação, melhor me sinto quando estou com eles, por muito tempo que tenha passado deste a nossa ultima conversa!! E mesmo quando eu valorizo tanto estas amizades, acabo por cometer um erro tão parvo de, muito provavelmente, ter deixado alguém com este sentimento tão amargo na boca!!!!
              Vejam só, eu já cheguei a esquecer de uma aniversário durante 1 semana, e só foi esse tempo porque a aniversariante ligou-me para me lembrar!! Tipo, mas que merda!!! Que é que raio tenha na cabeça???...
              E odeio admiti-lo, mas se não fosse o Facebook, já me tinha esquecido de outros aniversários....

...

              Tipo, aperceber-me disso, para mim é bom e mau: é bom saber que me apercebi de uma coisa muito negativa que estava a fazer sem fazer a mínima que poderia ter esse impacto naqueles que realmente preocupo-me, e muito mau por saber que fazia isso <.<
              A sério...
              Bom, já desabafei um bocado, o que me faz bem... por isso já estou melhor (estou é a ficar com alguma fome :x ).
              Com isto tudo, apesar de deixar as coisas irem sem entrar em grandes discussões, pois se quisesse podia tentar perceber ao certo o que se passou e ser um pouco mais agressivo e, talvez, tóxico? Mas isso não faz sentido, por isso, esquece. Bom, como estava a dizer, apesar disto tudo, ainda não percebi ao certo se está tudo bem com ela ou não, e isso sim, preocupa-me, e provavelmente é por causa disso que me sinto mais "deprimido" com isto tudo, pois ainda não cheguei a perceber se ela está realmente bem, logo, continuo preocupado... (acho que acabei de me repetir um pouco -.-) Talvez não tenha razões para me preocupar, mas pronto...
              Com isto escrito, deixo-vos agora com um vídeo que acabei de encontrar no Facebook que, apesar de não estar literalmente integrado no meu assunto, faz bastante sentido no que acabei de escrever pois o sentimento que o homem fala que deixa os filhos "mortos por dentro", não deve ser muito diferente do que o que eu senti / talvez tenha feito outras pessoas sentir...


              Agora, para concluir!
              Pessoal, nunca tratem os vossos amigos (estou a falar dos verdadeiros, não daqueles que se dizem vossos amigos, ou aqueles que vos escondem o seu verdadeiro EU... Sim, por vezes é difícil ver quem é que está a enganar-vos ou não, mas, acreditem, os verdadeiros também são difíceis de não ver) abaixo daquilo que esperam que eles vos tratem! Se são importantes para vocês, mostrem isso, pois eles não vão estar à vossa beira para vos fazer um favor, e se vocês não os tratarem como deve ser, eles não têm razões para continuarem à vossa beira!
              Eu admito que, como amigo, por vezes não sou a melhor pessoa, e erro bastante / sou mesmo uma merda... Mas valorizo todas as amizades que tenho... e quando valorizo, estou a falar a sério. Nunca dei nenhum amigo meu como garantido, e, sinceramente, sou grato por tê-los na minha vida e por torna-la ainda mais animada, divertida, e por vezes tolerável!

              Fuck!! Entrei num território hostil e acho que consegui sobreviver xD
              Digamos que a amizade acarreta muitos sentimentos e quando falo dela, ainda por isso porque fiz asneira, faz-me sentir novamente esses sentimentos, mas, ao menos, o amor entre amigos é algo que eu consigo compreender, pelo que não me assusta xD
              Bom, obrigado a todos aqueles que tenham tido paciência para ler esta "nota", e, espero que possa ajudar em alguma coisa. Não vejam como uma critica mas sim como, quem sabe, um lembrete, ou, talvez, vos abra os olhos como aconteceu comigo.
              FUI!! ;)

Blady... A sério... És uma tristeza tão grande!! Bolas...
...

Fogo...

              Talvez o nome, ou melhor, o título desta "nota" diga tudo, mas também pode ser só uma maneira de dizer que está calor, o que até está, mesmo agora que já acalmou, mas ontem eu nem senti o calor, e acreditem, que ele era bastante... mas por breves momentos, a minha atenção estava toda direcionada para uma parede, tão grandiosa... tão poderosa, mas ao mesmo tempo frágil, tal era a sua força bruta.
              Mas, já chega de vos confundir, vou começar desde o inicio.
              Ontem, visto os meus avós fazerem anos de casados, ia haver uma festa num restaurante qualquer (não cheguei a saber nem me memorizar o nome, mas isso também não importa visto não termos chegado a ir lá de qualquer maneira), e antes disso íamos a uma missa. Pronto, era uma tradição que costumava acontecer nesse dia, e a família juntava-se para tal, e, como costuma acontecer, é super divertido, mas ontem foi "ligeiramente" diferente dos outros anos.
              Aquilo que não sabem é que eu tenho feito um treino diferente de tudo o que já fiz, chamado de Calisthenics, que é basicamente treinares o teu corpo com o teu próprio peso, e consegues fazer coisas bastante fixes e tal, por isso tenho treinado, principalmente ao final do dia, pois é quando está menos calor, e isto todos os dias, seguindo um plano em que tenho por semana 1 dia de descanso (noutra nota hei de falar disso), por isso não ando a cometer nenhuma loucura, ainda!
              Mas, voltando ao tema principal.
              Por causa de todos os planos para o dia, despachei-me a almoçar para poder treinar o mais cedo possível de modo a manter o meu treino (isto é, o ritmo que estava a tentar levar, pois já tinha tido uns quantos imprevistos e tal...) e ainda assim estar com a família, juntando o útil ao agradável, apesar de isso significar mais cansaço no final, coisa que por acaso até tenho lidado muito bem.
              Bom, então, ajudar na casa até chegar a hora para ir treinar, parecia-me um bom plano, e tanto era que no final foi o que aconteceu, e com isso, chegou a hora para ir treinar.
              Pensei em fazer 4 a 3 séries para não demorar muito tempo (o que deveria fazer são 5, mas isso demora-me um pouco mais de 2h30min [pelo menos ainda não as tentei fazer uma segunda vez, por isso não sei xs], por isso, decidi não arriscar e despachar-me o mais depressa possível), mas no final da 1ª série, tudo rapidamente ficou de pernas para o ar.
              Olhei para o céu e reparei que uma nuvem negra subia rapidamente pelos céus, e a direção só podia indicar duas coisas: ou uma casa ali perto estava a arder (coisa que não acreditava nem um bocadinho), ou o monte para aquele lado estava a arder... e para aqueles lados ficava a minha casa...
              Liguei a minha mãe e descobri que estava bastante perto da minha avó, e que os bombeiros não tardariam a ir (coisa que se confirmou um bocado depois), e com isso, estava tão empenhado e vidrado no meu treino que cheguei a dizer que se fosse mesmo preciso a minha ajuda que me ligassem que eu ia, como quem diz "não vou fazer nada aí, por isso deixo quem sabe arranjar-se e eu vou continuar a treinar o que puder aqui para o que conseguir fazer em casa ficar para último, de modo a poder voltar mais cedo"!
              Pelo menos tive o bom senso de olhar novamente para a nuvem negra e começar a correr para casa.
              Entre correr, caminhar, correr e caminhar, acabei por chegar perto de casa, onde a nuvem era monstruosamente grande e o fogo visível. Para nossa sorte, o pior já tinha passado visto que a casa da minha avó já não estava em perigo, mas agora o fogo estava a aproximar-se da nossa... (ainda não vi como ficou o terreno da minha avó, mas se ficou tão mau como o que anda por aqui...)

Uma comparação, do negro do carvão com o meu gato, e olhem que ele é um

branco bem sujo!! O cheiro a queimado ainda se sente por aqui.

              Entrei dentro de casa, levei um raspanete da minha mãe por não ter atendido o telemóvel enquanto percorria o caminho para minha casa. Vesti-me para enfrentar o incendio e fui ajudar o meu pai a preparar as mangueiras.
              Mal estava tudo "pronto", andei ali um pouco as voltas sem fazer muito e a ver o fogo a aproximar-se, mas os bombeiros estavam mesmo a frente da minha casa, por isso não em pânico e assim, mas preocupado que as coisas não corressem como se queria (nem sei como é que seria, sinceramente...).
              Enquanto isso, pareceu-me que eles estavam muito despreocupados, mas na verdade eu acredito que eles não fizessem a mínima ideia do que deviam fazer, pois aquilo crescia a olhos vistos! Aquele fogo não parava e a cada segundo que passava as coisas só ficavam cada vez mais feias, e deitar água para um fogo com aquela intensidade e calor, era um gasto de recursos enorme, pois não ia fazer nada!! E eu repito, NADA!
              Entretanto, eu reparei num pedaço de mato seco (sem qualquer ligação direta com o fogo, por isso calculo que uma faúlha deva ter aterrado ali) a começar a arder, e então decidi saltar o muro da minha casa e ir lá dar umas calcadelas, mas, e arrependo-me profundamente (tipo, sim, e não, mas já digo porquê), fui como quem "ai ai que queima", coisa que não era o caso... Com isto, acabei por não fazer muito e o fogo apanhou mato mais alto, e aí é que o pesadelo começou...
              Eu não me lembro se gritei para virem ali apagar, mas mesmo que me tivessem ouvido, ninguém estava preparado para o que viria a seguir!
              O fogo subiu o mato com uma velocidade, e enquanto eu corria para longe e subia novamente o portão, a temperatura continuava a subir, independentemente do quão afastado eu estivesse daquela parede de fogo!
              Para piorar, eu ainda não tinha vestido a minha camisola, e ainda por cima o fogo que vinha a subir o terreno, decidiu juntar-se a este recém formado. Não foi uma criação bonita de se ver, e a única coisa que separava aquele monstro da minha casa era um caminha em terra batida...

Aqui podem comparar a cor da relva que foi afetada pelo calor e a que se conseguiu

safar por causa de um espécie de muro...

              Dum lado o meu pai berrava para endireitar e ligar a mangueira, coisas que fazia o mais depressa possível, mas a minha cabeça mantinha sempre as minhas pernas prontas para fugir! Eu sentia uma vontade enorme de me afastar daquelas chamas, mas nunca cheguei a sentir-me aterrorizado... A verdade é que nem sei o que sentia, pois era muita informação a receber de todos os lados, e ao mesmo tinha de fazer alguma coisa, e ainda tinha aquela parede de fogo enorme que parecia querer cair em cima de mim.
              A única coisa que me lembro de que tinha receio, era de faúlhas caíssem em cima de mim e me queimassem, mas estava mais preocupado com os meus olhos e assim, pois de resto não sei em que é que pensei mais, mas uma coisa tenho a certeza... mal pude, saí dali!
              Para perceberem o que se passou melhor, eu mal entrei dentro de casa, comecei a correr de modo a que a casa me servisse de escudo contra o fogo, tudo para vestir a camisola. Mal fiquei "pronto", avancei para ajudar com a mangueira e... ali estava... uma coluna de fogo e fumo negro a pouco mais de 3 metros de mim, ameaçando entrar para o meu terreno e queimar-me vivo...
Não me lembro se estava muito calor, mas, para verem, queimava tudo, sem ter que tocar em nada, por isso... sim, devia estar mesmo muito calor.
              Depois disso outra zona do meu terreno ameaçou começar a arder por causa de uns fogos que estavam a aparecer por causa do calor, mas que foram apagados antes de poderem fazer algum mal. E o resto é palha para a fogueira porque a partir desse ponto, mais nada importava... Se bem que o fogo acabou por ameaçar a cada de férias da minha tia, e isso é sempre preocupante, mas entretanto um tio meu já tinha chegado e foi ajudar o meu pai nesse caso, e eu fiquei pela minha casa a vigiar.

Para terem uma ideia, quando estava tudo verde, não dava para ver nada

do outro lado... Agora até vejo as estradas e os carros <.<

              No final, não houve missa para ninguém e a comida foi-se buscar do restaurante para se comer em minha casa, por motivos óbvios. Hoje de manha voltou a arder perto da casa da minha tia... mas agora está tudo "controlado", ou pelo menos calmo.

              Se querem que vos diga, eu já tive muito medo, ou assim pensei, mas aquilo que eu achava que era medo, era eu num modo extremamente nervoso em que tremia por tudo e por nada e em que me acobardava bastante, mas agora, não sei se concordo, até porque muitas vezes este medo vinha alimentado com muitos pensamentos colaterais da minha pessoa, o que não ajudava nada.
              Neste caso, foi tudo... tão real e intenso, que não sei ao certo o que senti, mas de uma coisa estou certo: eu não fugi com o rabinho entre as pernas enquanto o fogo estava no seu pico!
              Talvez tenha sido o meu pai a chamar por mim, ou outra coisa qualquer, mas no final acabei por enfrentar o fogo a poucos metros de mim, ainda que com uma vontade enorme de me ir embora, enquanto que o meu pai fazia completamente o contrário, e se pudesse apagar as chamas com as mãos, acredito que o teria feito!

A vedação "safou-se", como podem ver, se bem que para o fogo que esteve

já foi muito bom não ter ardido!

              Isso é uma coisa d'outro mundo...
              Quem fez estes fogos não sabe o quão poderosos eles são e o quão maus podem ser para as outras pessoas, ou, e deve ser o caso, nem querem saber disso, assim como as restantes pessoas, pois isto tudo aconteceu porque alguém se lembrou de cortar árvores atrás de árvores no seu belo terreno e deixar as folhas todas lá, o que, depois de secas, é a melhor coisa para um fogo crescer... coisa que acabou por acontecer. Agora, vão pagar alguma coisa por isso? É melhor esperar sentado por isso...

              Agora... a minha vida voltou ao normal e já são horas para ir treinar. Com isto tudo aprendi a respeitar ainda mais a natureza e quanto ela pode ser destrutiva, pois fogo posto ou não, nada impediria um fogo de causas naturais de atingir o poder que eu vi a poucos metros de mim!
              Espero que isto me tenha ensinado alguma coisa e que me tenha feito crescer um pouco mais, e, quem sabe, se um dia vou conseguir enfrentar outro fogo igual, ou mais poderoso ainda, sem sequer pensar duas vezes se devo ajudar ou fugir.
              Mas isso só o tempo o dirá.
              Por agora é tudo o que tenho para dizer.
              Espero, como espero sempre, escrever com mais pontualidade e assiduidade (porra, até parece que estou na escola...).
              Fiquem bem e até uma próxima!

P.S.: Agora, o que antes foi mato verdejante, que formava um muro em frente da nossa casa, não passa de terra negra (as cinzas já foram com o vento, mas depois do fogo passar eram bem visíveis, assim como o fumo que saía da terra...) com algumas estacas de carvão cravadas no chão... Lá se foram as amoras de graça (havia um bom conjunto de silvas nesse muro de verde)...

P.S. do P.S.: Desculpem a "nota" extremamente comprida, mas não havia outra forma de dizer isto... Devo acrescentar uma imagem da nova paisagem, talvez hoje ou amanhã, só não devo ter um antes disto tudo, mas pronto, deve chegar para perceberem o quão devastador foi...

Blady... aquela parede de fogo não era brincadeira...!

(a quem o dizes!)

...

"Breast ironing"?

               Yap, já se passou algum tempo, outra vez...

               E agora passamos para as novidades!!! É Verão!!!

               Sim... é Verão, já lá vai 1 mês, mas nesse mês ainda estive a estudar e agora que voltei a minha casa... arrependo-me um bocado, não porque gostava de ter uma casa só para mim, mas sim porque a minha casa é super quente comparada com a que tenho vivido para ir para a Universidade...

               Mas, tirando os pormenores mais óbvios (sim, odeio muito, mas mesmo muito este calor!), quero escrever sobre um assunto que vi mesmo ao bocado.

               Estava para ir para a cama, quando decidi ir falar com a minha namorado um bocado, e no meio disto acabei por ver um pouco o que se passava no meu facebook, e acabei por encontrar este site: http://expresso.sapo.pt/blogues/bloguet_lifestyle/Avidadesaltosaltos/2016-04-04-Breast-ironing-o-ritual-atroz-que-afeta-milhoes-de-meninas

               Nada de especial até aqui, até porque o que eu pensava sobre o artigo que ia ler, estava completamente errado.

               Primeiro reparei no: "Breast ironing, o ritual atroz (...)".

               Alto! Com "Breast ironing", por algum motivo pensei (até porque a imagem do artigo induziu-me em erro) naquele tecido que algumas raparigas põem à volta do peito para ou segurar melhor (via isso nas animes em algumas raparigas que manuseavam espadas, muito provavelmente para lhes ser mais fácil a tarefa) ou mesmo para esconder ou diminuir o tamanho. Claro que não é nada permanente, mas continuemos.

               Como já podemos calcular, nada no que pensava aconteceu, e, a sério, preferia muito que o meu palpite tivesse certo...

               Pelos vistos "Breast ironing" não é bem um ritual, mas sim uma medida macabra e, a ver, demasiado desesperada, que normalmente os familiares/pais de uma menina que começa a entrar na puberdade (foquemo-nos no desenvolvimento das mamas [sim, podia dizer seios, mas o termo correto é mamas!]) tomam.

               Em que é que se baseia? Bater com um pau, ou uma barra de ferro, ou até pedras, nos seios em desenvolvimento das meninas, de modo a atrasar o máximo possível (ou até mesmo fazer com que sejam o mais discretos possíveis) o seu desenvolvimento normal...

               Isto tudo para quê? Para, ou não serem violadas (normalmente ou se faz isto é em países onde a virgindade é sinal de pureza e para as raparigas arranjarem um marido é necessário essa pureza!), ou casarem o mais tarde possível, a fim de poderem continuarem os seus estudos o máximo de tempo possível.

               ...

               Agora, eu pergunto... O que é suposto eu dizer?...
O que eu vou dizer vai parecer muito estupido, mas está a fazer um pouco de sentido na minha cabeça...

               Eu não sou uma pessoa perfeita, e muito provavelmente ninguém vai sequer chegar a ser, e muito menos eu que já notei que tenho um leve desvio na coluna (nada que me faça mal sinceramente, mas sempre que noto, ok...), um joelho pior que o outro, umas quantas cicatrizes de operações, entre outros acontecimentos, mas mesmo assim tento evoluir para não me prejudicar, ou seja, treinar e manter uma postura correta, para mais tarde não andar aí como muita gente que mal se aguenta nas pernas cheias de dores!

               Agora, a pergunta: se dói, não é porque alguma coisa está mal? PORRA!!! Dor não existe!! É uma criação do nosso corpo para termos cuidado com alguma coisa que estamos a fazer que não está correta ou com algo de mal que se passa. É uma espécie de alarme!! Como é que raio ninguém consegue ver isso? Esses pais, esses familiares... Eles não conseguem ver, a cima das tradições entre outras merdas que aquilo não está a fazer bem a sua menina? Tipo... é a vossa filha caralho!!!

               E se me forem dizer "é para um bem maior"... Esqueçam...

               E depois? que ganha ela com isso? Ok, diminui a probabilidade de ser violada, e aumenta o tempo de estudo, sim... tudo muito bonito... E depois? Vai andar com aquelas cicatrizes para toda a vida?              

               Não sei...

               Também falo como a pessoa instruída na matéria que sou, pois tenho as minhas bases de todo o tempo que tive a estudar, e eles provavelmente não, pelo que este método pode ter sido o mais sábio, mas... caraças!! Deve doer!! E não é pouco... Eu não tive de estudar para perceber que dores musculares são normais quando treinas controladamente, ou que são um sinal de alerta quando exageras ou não treinas mesmo, e que todas as outras dores são o sinal de que alguma merda se anda a passar! Se aprendi isso sozinho, por muito que acham que é para um bem maior... Não conseguem ver que lhe estão a fazer mal?...

               Sinceramente, é nestes momentos que eu percebo o quão ingenuo eu sou...

               Eu não posso dizer que quem pratica isto está certo ou errado, pois, como costumo saber, não sei os verdadeiros motivos para tal coisa, que, aos meus olhos, é uma atrocidade, e é mais do ato em si que me queixo do que propriamente dos pais, pois ninguém os pode acusar por quererem o melhor para a sua filha, partindo do principio que é esse o caso, mas, como já tinha dito, eu nada sei, por isso não vou dizer muito mais, até porque se eles tiverem medo que ela não consiga um marido e que fique sozinha o resto da sua vida, eu até compreendo esse sentimento, mas vamos parar...

               São culturas e países completamente diferentes do meu, e até no meu país consigo ver mil e uma maneiras diferentes de pensar, e, garanto-vos, não concordo com mais de metade delas, mas se tivesse nascido noutra altura, provavelmente seria de uma opinião diferente, mas não é caso.

               Ainda assim o sentimento de ser rico persiste, principalmente porque, quem sabe se com esse dinheiro eu não seria capaz de "salvar" e sustentar pessoas nestas condições, entre outros casos...

               Mas, no final, basta olhar à nossa volta e vemos que é impossível salvar toda a gente... Uns vão ter "sorte" e outros simplesmente continuarão com a vida que lhes foi pré-destinada...

               Quem sabe se um dia serei capaz de fazer alguma diferença a alguém que precise da minha ajuda...

               Não sei... Mas também, agora, não tenho capacidades para fazer a diferença a ninguém, por isso mais vale continuar a viver, e de preferência tentar cada vez mais ser melhor como pessoa e profissional.

               E o resto, é esperar e agarrar todas as oportunidades que aparecerem à frente, caso contrário não vou a lado nenhum...

               Bem, já estou a divagar muito...

               É um facto que isto acontece, só nunca parei para pensar que cenas assim existiam... Não que já não soubesse de algumas, mas esta em específico... É que é literalmente uma tortura que pode durar a puberdade toda!! E isso são anos!!...

               ...

               Bem... Já estou atrasado para ir dormir.

               Isto foi mais um desabafo que outra coisa qualquer...

               Vá, portem-se bem e até uma próxima :)

Blady... É por estas e por outras que não devias ir ao Facebook...
(olha que a água no ouvido não ajuda <.<)

...

Mete a mão na boca da Vaca! xD

               Já lá vai algum tempo. Sinceramente pensei vir aqui mais cedo, mas não deu mesmo. Não tenho feito grande coisa, o que é mau visto que devia estar a estudar mais, mas hoje parece-me que estou mentalmente mais virado para isso, o que é bom, por isso é melhor aproveitar e estudar o máximo que conseguir até amanhã, visto que vai ser um dia um bocado cansativo (duas aulas práticas, e sendo uma delas Anatomia [para os que não sabem, são 3 horas sempre de pé a olhar para pedaços de animais e a disseca-los. É engraçado, mas a partir de um determinado momento é só secante <.<]), por isso a probabilidade de me distrair amanhã é maior do que hoje, logo tenho de adiantar.
               As coisas continuam normais, nada a assinalar de grande relevância, a não ser umas tonturas que tenho tido com alguma frequência, principalmente durante este fim-de-semana. Penso que estão ligadas com as longas horas de exposição no PC (principalmente quando as luzes dele estão no máximo), o que me leva a acreditar que sejam mais um desgaste da minha cabeça, o que é bom, visto eu continuar a pensar que devo ter algum problema xD 

               Deixando acontecimentos passados de lado, hoje tive Exognosia, que, para aqueles que não sabem, é basicamente o estudo dos animais a nível externo, logo tudo o que os nossos olhos não podem ver, não interessa.
               Basicamente serve para sabermos o nome das várias raças de bovinos, suínos, equinos, caninos e gatos (dizer felinos não ia ser correto porque ainda não aprendi as diferentes raças dos tigres por exemplo xD), tipo de pelagem também, entre outras coisas.
               Hoje, foi aula prática (no bom sentido da palavra), por isso acabamos por ir ver as vacas e as ovelhas. O nosso objetivo era observar na prática os diferentes tipos de dentição que eles têm ao longo da sua vida, o que foi bastante engraçado, visto ter de apanhar uma ovelha (têm bastante força, e os cornos eram curtos e afiados, logo não havia muito para onde agarrar e magoava-me sempre que o animal fazia força para se soltar...) e enfiar a mãe dentro da boca de uma vaca.
               Quando à vaca tenho mais a dizer, mas não se preocupem porque não entrei-lhe pela garganta abaixo, mas sim de um lado ao outro da boca, só para que não pudesse fechar. Digamos que tem uma língua muito áspera e umas narinas muito húmidas (porquê as narinas? tinha de agarrar nelas para a poder colocar na posição que queria :x)
               Foi engraçado, fiquei com as mãos todas lambidas e ainda não fiz questão de as lavar com sabão, o que já devia ter feito, mas... ainda não me quis dar ao trabalho, para além que assim aumento as minhas defesas (se não apanhar uma valente doença antes xs)

               Por este andar não há muito mais para dizer.
               Hoje apeteceu-me vir aqui escrever um bocado, já que não o fazia á algum tempo e daqui vou estudar, só porque tem muito de ser, caso contrário vai me correr mal...
               Com isto despeço-me e espero voltar aqui em breve, desta vez com mais tempo e com tópicos diferentes. Tenho de obrigar a minha mente a pensar em alguma coisa diferente da Universidade xs
               Abreijos ;)

Blady, amanhã vais de calções para a escola!

(e este calor não é nada <.<)

<3

Agarra que é Oportunidade!

        Wow... Tanto tempo que já passou desde a ultima vez que vim aqui... Quase que parece 1 ano, ou mais, e, se querem que vos diga, fiquei mesmo com essa ideia, mas a O Blog decide-me dizer que não, por isso vou acreditar nele.
        Acabei de ver uns vídeos no Youtube, vídeos estes que, ao início eram engraçados e tal, depois passaram para animes e depois passaram para vídeos mais tristes. O porquê não sei, mas a verdade é que isto por vezes acontece, e aconteceu comigo, e depois de eu ver o que vi, pensei: "Que merda é esta!!?? Eu estou aqui a deprimir e sem vontade para fazer nada e a sentir-me ainda pior por não fazer nada de jeito mas não faço nada para mudar isso, enquanto pessoas lá fora fazem muito mais do que eu e já passaram por muito pior??".
         Não é preciso dizer mais, é claro que decidi mexer-me e comecei exatamente por vir aqui.
        Já há dois/três dias que queria vir aqui e falar sobre um acontecimento:
        Aqui na Universidade (eu sei que não tenho falado muito sobre a Universidade e tal, mas, pronto...) temos uma "taberna" muito engraçada que mais faz lembrar um café, e que é utilizada como espécie de ponto de encontro e até local de estudo por nós.
        Acontece que há algum tempo, tínhamos acabado as nossas aulas e decidimos ir estudar para lá, e quando lá chegamos passamos por um senhor que estava sentado sobre as pernas (fazia lembrar a posição "normal" que os japoneses e assim de antigamente tinham, principalmente em situações mais informais [corrijam-me se estiver errado]) a pedir dinheiro.
        Passamos duas vezes por ele e nada fizemos, mas não me estava a sentir bem com aquela atitude, e ainda pior me senti quando passamos a 2ª vez... Até reparei que ele queria tentar chamar-nos a atenção, mas ninguém se mexeu, muito menos eu...
        A "taberna" não estava aberta, mas como uma amiga nossa tinha o número da senhora que era a dona (a qual eu também conheço e damo-nos todos bem), avisou-a que já havia clientes, e não tardou nada a vir abrir-nos a porta.
        Antes, quando tínhamos passado por aquele senhor pela 2ª vez, tinha injetado uma ideia na cabeça: Em vez de lhe dar dinheiro, ia oferecer-lhe um pão com ovo! (aviso já que um pão com ovo é um snack da taberna bastante bom, apesar de simples, e é barato, o que o torna bastante famoso).
        Mal abriu e coloquei as minhas coisas num banco onde nos íamos sentir, dirigi-me à porta para ir falar com o senhor.
         Tinha demorado menos de 30 segundos, mas ele já tinha ido embora...
        Pelo o aspecto que ele tinha, não me parecia que ia fazer bom uso do dinheiro, daí não me querer mexer muito para o ajudar, pois na realidade ele podia não o usar da melhor maneira, mas devia tê-lo contactado mais cedo...
        Agora, sinto-me um bocado mal pois nunca vou chegar a saber se ele realmente estava com fome e desesperado para comer alguma coisa, e se fosse esse o caso... Agi "mal"...

        Esta "nota" que aqui envio, ainda por cima depois de uma ENORME ausência (mas nunca me esqueci deste Blog... Isso é impossível!) é mais para avisar que outra coisa qualquer...
        A paciência é a mãe de todas as virtudes, sim, não duvido nadinha, mas também é preciso ter-se inteligência e agarrar as oportunidades que a vida nos dá. Neste caso, eu não ia ganhar nada com o meu acto, a não ser um sentimento agradável por ter ajudado alguém que precisava, mas isso não aconteceu...
        Apesar de neste caso o assunto não ser "grave", perdi a oportunidade de, talvez, fazer a diferença para aquele senhor (que não devia andar muito longe dos 40 ou até mesmo 50 anos! Imaginam-se a pedir nessa idade? A meu ver, nessa ideia já estou a contar histórias aos meus filhos de todas as merdas fixes que fiz, para lhes servir de exemplo sobre o que devem ou não fazer, e sempre tentar mantes a dignidade... Mendigar é um último recurso para aqueles que preferem perder a sua dignidade a suicidarem-se. Sinceramente, eu acho que também preferia perde-la a suicidar-me...), e é nestas coisas simples que nos acontecem no dia-a-dia que nós devemos aprender e usar como lição para quando aparecer outra oportunidade de fazer a diferença ou melhorar a nossa vida, nós não a percamos!
        Oportunidades existem para serem agarradas com unhas e dentes, e não esperem muito, pois muitas das oportunidades são criadas por determinados factores reunidos, e eles podem não voltar a estar juntos outra vez.

        Bom, foi um pouco de reflexão e talvez ensinamento antes de ir estudar. Parece-me bem, não? :o
        Seja como for, aqui está! Já estava com muitas saudades de escrever aqui, mas um monte de factores acabava sempre por me por a fazer outra coisa...
        A Universidade é lixada pessoal, e descobri à bastante tempo que Veterinária tem a taxa de suicídio bastante alta. Espero não me tornar no próximo, se bem que por este andar e coma dor de cabeça que tenho andado, morro mais por colapso do que propriamente pelas minhas próprias mãos (se bem que para que isso aconteça, é preciso muito... acho eu... sinceramente não sei, e espero nunca saber).
        Portem-se bem e continuação de uma boa tarde ;)

Blady Blady... Já estava na altura de apareceres!
(parece que sim... :D)

<3